sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

457 anos de Sampa: Como, logo existo!


Nesse post de hoje resolvi tirar o pé um pouco dos textos sobre branding e propaganda, e fazer a minha homenagem aos 457 anos da cidade de São Paulo. Trago aqui 10 super dicas gastronômicas dessa cidade que eu aprendi a gostar. Dicas que você nunca encontrará na Vejinha e em nenhum outro guia. Dicas para todos os gostos e bolsos. Vale a pena!


  1. Almoçar no aprazível Bar da Dona Onça no pé do Edifício COPAN, do mestre Oscar Niemeyer. Casal come bem e gasta uns 120 reais.
  2. Beber um chope no BOI NA BRASA, acho que o único boteco de Sampa que serve chope em canecão de alumínio meio amassado, fica perto da praça da República, joga no Google.
  3. Tomar um espresso doppio nos cada vez mais onipresentes Starbucks da cidade. Só na Avenida Paulista já são 4 lojas.
  4. Saborear um Apple Martini no SUB ASTOR da Vila Madalena
  5. Degustar os espetaculares pipes da Dona Idalina no Bar do Luiz Fernandes, no bairro do Mandaqui/ZN. Hoje o boteco mais honesto de Sampa. Skol de casco para acompanhar.
  6. Comer a incomparável coxinha do Bar do Veloso, do lado da caixa d’água na Vila Mariana.
  7. Pedir o frapê de coco da Lanchonete da Cidade, tem em Moema e nos Jardins.
  8. Ir tomar café na Galeria dos Pães e pedir o pão com requeijão na chapa. Sim, pão com requeijão na CHAPA. Explosão de sabores!
  9. Vá no Lellis da Alameda Campinas e peça o Ravióli de carne com molho à moda Lellis. Meio prato servem bem 2 pessoas e fica em sinceros R$ 48 reais. Just tremendous!
  10. Ir no Bar Santa Clara na região da Berrini e pedir um espetinho de pinhão. Com uma ampola de Serra Malte, claro!



quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A Tal da Inovação


Por Cristiano Castro*

Muito bem. E a tal da inovação, hein? Tão celebrada e cultuada pelos mais diversos tipos no mercado, a inovação vale uma pequena reflexão.

Quando ouvimos falar de inovação, logo pensamos em um produto cheio de tecnologia de ponta, estado da arte, que custa o olho-da-cara, certo? E o próprio mercado se encarregou de nos ajudar a pensar desta forma, falando das maravilhas inovadoras do iPod, iPhone e iPad, dos televisores de LED e 3D, etc. Mas será que é isso mesmo? O que dizer então do Nano, da Tata Motors, o carro que alcançou um nível de custos mais baixo do que qualquer pessoa jamais imaginou possível? E a Consul, com seu fogão de pés altos que ajudam na limpeza da cozinha voltado pras classes menos privilegiadas, não está inovando?

Até aqui tivemos exemplos de produtos apenas, mas se deixarmos de pensar em produtos, também é possível encontrarmos exemplos interessantes de inovação: a Dell inovou em sua logística de produção e entrega de computadores, a Casas Bahia inovou em sua forma de cobrar pelos seus produtos. Certo?

Sendo assim, podemos começar a pensar na inovação de uma outra forma agora. Uma inovação pode então ser definida como uma forma nova de ver ou fazer alguma outra coisa, uma forma que ninguém tinha pensado ainda, ou que ninguém tinha feito ainda. Às vezes podem ser coisas simples e, às vezes, coisas mais complexas. Podem ser tecnologias caras, mas também podem ser tecnologias baratas. Podem ser coisas, mas também podem ser “não-coisas”, como processos, modelos de negócio, formas de se comunicar. Não necessariamente a inovação é algo difícil de se fazer.

O que escutamos muito por aí é as empresas que não inovam tendem a morrer. Baseado no que vimos até aqui, isso é bem possível de ser verdade mesmo. A inovação pode tornar seu consumidor mais fiel, sua marca mais valiosa, seus custos mais enxutos. Mas, o importante é que ela comece sempre no lugar certo. E o lugar certo pra uma inovação começar não é, ao contrario do que pode-se pensar por aí, o laboratório da empresa. O lugar certo pra inovação começar é naquele que vai se beneficiar da inovação, o famoso CONSUMIDOR! Exemplificando: se hoje já existem lavadoras de roupas que oferecem a opção de água quente, porque alguém gastaria tempo e dinheiro desenvolvendo uma lavadora que aqueça água através de microondas? O benefício para o consumidor continuará sendo o mesmo, certo? Todos os exemplos de inovação que vimos neste texto podem ter tido sua origem no consumidor, concordam?

Portanto, inovar tem tudo a ver com conhecer seu consumidor a fundo. E, isso sim não é fácil!!!

*Cristiano Castro é mestrando da FGV-SP e reúne passagens pela Nazca Cosméticos, Whirlpool e Sharp.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Luzes, Câmera, Criação!


O que realmente motiva processo criativo no mundo da comunicação? A criatividade hoje pode ser amparada de diversas técnicas e métodos que conduzem esse importante processo a uma melhor conexão aos consumidores. Durante o processo de planejamento de uma estratégia criativa, os profissionais de criação são hoje subsidiados de inúmeras ferramentas, desde as mais científicas como antropologia, psicologia, e até novos métodos de pesquisa de mercado. Um dos grande problemas da pesquisa por exemplo é que todas as empresas fazem pesquisa, e às vezes, ouvem os mesmos clientes. E uma outra dúvida: pesquisa funciona? Steve Jobs nunca fez uma sessão de focus group com os consumidores da Apple. E indo mais distante Henry Ford também não fazia pesquisa pra nada: “Se eu fosse perguntar ao meus consumidores o que eles queriam, certamente iriam dizer que queriam um cavalo mais veloz”, dizia o pai do 'belíssimo' Ford T.

Em contrapartida, raras são as empresas que enxergam a semiótica, por exemplo, com uma ferramenta estratégica que pode guiar um processo criativo e interpretar de forma mais sofisticada todo o efeito de sentido que uma mensagem pode gerar.

Já a associação com personagens, celebridades e seres lúdicos torna-se uma tendência muito presente nas mensagens publicitárias hoje em dia. Grande parte dos anunciantes se utilizam de uma boa dose de ludicidade e utilizam bichinhos e seres sobrenaturais para tentar se conectar com o consumidor, desde bancos, até telefonia, até mesmo grande montadoras. Será que esse é o caminho?

Na prática, o que se evidencia são profissionais da criação forçados por seus clientes a calibrar seu esforço criativo de acordo com um orçamento pré-determinado, uma inédita saturação de mensagens que implica na não-decodificação do receptor, e principalmente, uma descrença geral dos consumidores em relação a meios tradicionais de comunicação. A gente sabe que estão tentando nos bombardear com algo, nos enfiar algo goela abaixo, e eu não quero! Percebe-se no universo midiático formas muito previsíveis e muito pragmáticas para se conectar ao consumidor, e nesse contexto, chegar a uma big idea torna-se uma tarefa cada vez mais complexa. Conclusão: joga a palavra “Cannes Lions” no YouTube e inspire-se!


por Marcos Hiller, editor desse blog.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Apple Store, uma experiência que inspira o consumo


Poucos fenômenos do mundo são tão impactantes quanto o primeiro contato de um indivíduo com a cidade de Nova Iorque, mais precisamente com a intersecção da Broadway com a Sétima Avenida, mais conhecido como Times Square. Basta poucos segundos de apreciação nesse local, para se observar a supremacia das marcas. São inúmeros prédios que são obrigados a terem instalados letreiros com o propósito de publicidade. Junto a isso tudo, o que mais se evidencia é uma onipresença de grandes marcas, todas disputando os ávidos olhares dos consumidores de todos os cantos planeta.

Entrando pela Quinta Avenida e indo em direção ao Central Park, é quando os olhos do consumidor se encontra com a Apple Store em uma ampla esquina, um dos metro quadrado mais valorizado da ilha de Manhhattan. O que se evidencia são reações de encantamento na mente do consumidor. O próprio projeto arquitetônico da faixada da Apple Store ironiza a emblemática pirâmide de vidro na entrada do Museu do Louvre de Paris. Em Nova Iorque, você não encontra a belíssima pirâmide de vidro mas encontra-se um cubo de vidro idealizada por Mr. Steve Jobs e sua valiosa equipe.

Sob a ótica do chamado Marketing Experimental, a Apple Store não concorre apenas com outros varejo do mesmo setor como Best Buy, mas sim com Starbucks, McDonald’s, Macy’s, Abercrombie & Fitch, Nike Town e Jamba Juice. Uma experiência de marketing bem feita liga a marca com o estilo de vida do consumidor, fazendo com que suas atitudes de compra compõem um contexto social mais amplo.

Dentro da loja, o layout é arrebatador. Uma loja espaçosa, bem resolvida e bem iluminada. Móveis bem dispostos e fabricados em madeiras claras e prateleiras de aço inox escovado, uma série de ícones que remetem à tecnologia. Todo o portfolio de produtos da familia Apple ficam super expostos e convidativos ao toque, ao uso, a experimentação. Centenas de iPod devidamente ligados com músicas e vídeos. Dezenas de MacBooks conectados à Internet Wireless ultra veloz e gratuita. Inúmeros iPhones habilitados para se fazer chamadas locais e interurbanas para quaisquer locais dentro dos Estados Unidos. Nota-se pessoas respondendo emails, ligando para clientes, realmente trabalhando. E tudo gratuito. É a manifestão da experiência de marca no seu sentido mais pleno. Aqui novamente pode-se perceber que são ações de encantamente e que resultam em uma futura divulgação gratuita e exponencial da marca diante de amigos, parentes e conhecidos.

Os projetistas da Apple Store usaram do bom senso em não instalar cadeiras perto da bancadas pois certamente os clientes ficariam muitas horas na frente dos equipamentos e conseqüentemente não favorecendo que outros consumidores degustem também os produtos Apple.

Os flashes das máquinas fotográficas e celulares não se limitam ao exterior da loja. No interior da Apple Store, eles continuam com um rirmo ainda mais forte. Os consumidores querem registrar aquele momento, querem que se albuns de viagens sejam a prova daquele momento mágico do consumo.

No ambiente da loja percebe-se uma democratização do espaço. São os mais diversos personagens sociais que habitam o ambiente da loja, desde altos executivos de empresas, ou turistas altamente entusiasmados com o consumo, até pessoas solitárias, e até mesmo mendigos transeuntes mixando músicas no Garage Band. Todos são benvidos, ninguém é hostilizado. Quanto maior o tempo que se permanece dentro de um loja, maior é a propensão que o consumidor não saia de mãos vazias.

A postura passiva, porém amistosa dos vendedores denota significativamente o posicionamento da Apple. Uma empresa jovem, pós-moderna e eclética. Pessoas jovens em sua maioria, com um nível técnico altíssimo. A não abordagem por parte do vendedor é uma característica bastante evidente. Entretanto, quaisquer sinais que o consumidor necessita de suporte o onipresente vendedor surge ao lado. Os dizeres das camisetas usadas pelos vendedores confirmam uma mistura de informalidade, bom humor, humanização e logicamente o estímulo ao consumo. Nas costas das camisetas, pode-se ler frases aleatórias, como por exemplo: “I could talk hours about these stuffs” (eu poderia falar horas sobre essas coisas), ou então “I know people” (Eu conheço pessoas), ou até mesmo “No pain, all gain” (Sem dor, todos ganham). Um fenômeno que aconteceu na finada loja Virgin da Times Square anos atrás, acontece hoje na Apple Store. É o sonho de qualquer jovem profisssional novaiorquino trabalhar como vendedor da Apple Store.

escrito por Marcos Hiller, editor do Blog do Hiller

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Geomarketing: a bola (de cristal) da vez

Por Fernando Schmiegelow*

As empresas se deparam hoje com dois grandes desafios: aumentar as vendas e otimizar seus processos. Os gurus do planejamento estratégico e do relacionamento com o cliente sugerem que a criatividade e a inovação sejam as soluções para um mercado altamente competitivo, onde as mudanças de produtos e serviços acontecem de uma forma extremamente veloz. Seguindo seus ensinamentos, as áreas de marketing e planejamento estão começando a utilizar uma nova ferramenta tecnológica: o geomarketing ou marketing geográfico.

O geomarketing é hoje uma peça fundamental para a tomada de decisão. Com a utilização de um sistema baseado em mapas digitais, softwares GIS e bases de dados diversas, as informações são distribuidas graficamente, podendo-se, por exemplo, analisar as tendências de mercado, monitorar a concorrência, visualizar oportunidades e lançar campanhas de marketing. Imaginem o caso da área de marketing da FIAT, que tinha a missão (quase impossível) de analisar relatórios gerados pelo banco de dados da corporação com cerca de 28 milhões de veículos vendidos, 5561 municípios, 150 pontos de atendimento e 300 concessionárias. Com a implantação de um projeto de inteligência competitiva utilizando o geomarketing, as pilhas de relatórios foram substituidas por consultas via Web em tempo real. Isso significa o acesso a informações sempre atualizadas e a garantia de preservação dos dados gerados em sua forma nativa. O resultado não poderia ter sido melhor: aumento da eficiência e da rapidez das análises!

Essa tecnologia é uma verdadeira bola de cristal que, se não adivinha 100% o futuro, ao menos minimiza os erros e a subjetividade da decisão por parte dos usuários. Aliás, há tempos que o GIS deixou de ser uma ferramenta de uso exclusivo de especialistas em cartografia. Sua aplicabilidade, entre dezenas de opções, vai do tradicional sistema de auxílio à administração pública até o gerenciamento de redes de distribuição de empresas de utilities e telecom, estatísticas em tempo real para a área de segurança pública e planos de contingência para indústrias de petróleo. Até um sistema de rotas para visitantes de um cemitério dos Estados Unidos foi desenvolvido pela Intergraph no passado. Felizmente nenhum integrante da base de dados voltou para reclamar!

Brincadeiras à parte, no entanto é preciso que se tome alguns cuidados básicos para que um sistema GIS seja aplicado com sucesso e que possa gerar resultados. No caso específico do geomarketing, o primeiro passo é definir quais as variáveis críticas que influenciam o negócio. Não adianta possuir uma grande quantidade de informações mas sim saber quais os dados realmente importantes para a análise. Além disso, deve estar bem claro o conceito de área de influência, ou seja, quais são as atividades ou pólos geradores de tráfego em determinadas regiões. Assim, há uma grande diferença quando analisamos a área de influência de um pequeno comércio, como uma padaria, e a de uma concessionária de veículos, por exemplo. Enquanto o freguês da padaria provavelmente mora a algumas quadras do local, os compradores de automóveis da concessionária podem vir inclusive de outras cidades.

O geomarketing não é simplesmente um novo modismo como os inúmeros emaranhados de siglas que surgem a cada dia como o CRM, RTE, BAM e DCM. É um novo conceito para auxílio no processo de tomada de decisão que veio para ficar. Cabe aos departamentos de marketing, amparados pelas áreas de TI, entender as diferenças entre as ferramentas e escolher as mais eficientes para atender os desafios a serem enfrentados, levando em consideração fatores importantes como relação custo-benefício, retorno sobre o investimento, facilidade de uso, escalabilidade e integração com os sistemas existentes. Afinal, a melhor parceria tecnológica é aquela de longo prazo e seu sucesso só é possível com soluções que gerem resultados e respeitem os investimentos já realizados.

* Fernando Schmiegelow é engenheiro de produção com MBA em marketing. Está em fase final de conclusão de sua tese de mestrado em engenharia com foco em análise estratégica no ITA, em São José dos Campos. Possui experiência de 20 anos nas áreas de marketing, vendas e planejamento estratégico em empresas líderes de seus segmentos como General Electric, Shell e MWM. Atualmente ocupa o cargo de Diretor de Marketing para América Latina, Caribe & México na SISGRAPH/INTERGRAPH.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Touch Down!

Touch Down!

Nasceu meu novo Blog!

Hoje o mundo está mudado. Enquanto Nizan diz que “Propaganda é o negócio da alma”, leio a cada dia novos artigos e pesquisas que mostram a enorme descrença que meios tradicionais de propaganda têm hoje em dia. E somos bombardeados diariamente com mensagens. Quanto menos esse negócio funciona, quanto menos esses tiros são eficazes em nos atingir, mais eles comunicam e incineram os orçamentos de marketing dos clientes. Uma hora eles nos acertam. Eles pecam pelo excesso.

Paralelo a isso, estamos em meio a uma revolução tecnológica jamais vista. Gadgets como BlackBerry, GPS, iPhone, iPod, iPad e PlayStation 3 começam a se transformar em aparelhos vitais em nosso dia-a-dia. ser. As famosas Redes Sociais como Twitter, Facebook, YouTube, Foursquare, Orkut, MSN e LinkedIn fazem parte de nossas vidas de forma cada vez mais próxim. Estamos tecnologicamente infectados, parafraseando a minha amiga Martha Gabriel.

O engraçado disso é que: as mídias digitais estão na moda, e apenas 4% das verbas das empresas vão para as mídias digitais. Apenas 35% de nosso país usa internet. Enquanto que quase 100% da população tem celular. Eu conheço gente que tem 4 celulares. Pode isso, Arnaldo?

Nunca os executivos estiveram diante de tantas dúvidas. O nível de exigência do nosso consumidor atinge um nível jamais visto. O nosso cliente hoje está mais preparado do que nunca. Mais que isso, ele tem uma ampla decisão de escolha e um poder nunca antes visto. E infelizmente grande parte das empresas limitam seus diferenciais a uma mera guerra de preço, sendo que é no atendimento e no encantamento de clientes onde se obtém diferenciais realmente competitivos e se ganha mercado.

E é dentro desse contexto que meu blog está assentado.

May the force be with us!