por @marcoshiller
Eu moro
sozinho. Mas quando chego em casa todas às noites, vou comer alguma coisa, ligo
minha televisão e faço log in no meu Facebook. Como um passe de mágica: eu não
estou mais sozinho. Estou fazendo parte da vida e da intimidade de outras
pessoas. Nesse momento, a solidão não existe mais. É o que acontece com boa
parte das pessoas hoje em dia. Vivemos em um mundo hiperconectado. Vive-se hoje
rodeado por telas, é a tela do smartphone, da TV, do iPod, do GPS, do iPad, do
relógio. E a tendência é que tudo isso se torne uma única tela, pelo menos
quando estamos em casa. Aqui na minha humilde residência por exemplo, já tenho
a minha Apple TV (paguei 99 dólares) e que me permite acessar YouTube, ver fotos do
meu celular, tudo por meio da tela de minha TV LG de 40 polegadas. Genial!
Um grande pesquisador
contemporâneo, Nestór Garcia Canclini, diz que nas redes sociais evidencia-se
até mesmo fenômenos de autismo e desconexão social, devido às pessoas
preferirem antes ficar na frente da tela do que relacionar-se com
interlocutores em lugares fisicamente localizados. Sou obrigado a concordar
carinhosamente com o pensador argentino. E é exatamente assim que nos
comportamos às vezes. Hoje em dia quando saio para jantar com minha namorada, a
primeira coisa que ela faz e pedir meu celular e guardar na bolsa dela, porque
senão ela diz que eu não interajo e não curto aquele momento a dois. E ela está
coberta de razão! Eu dou meu celular a ela gentilmente (com o modo silencioso
devidamente ativado). Ela diz que eu tenho mania de dar check-in no Foursquare
em tudo que é canto, na rua, no Starbucks, na padaria, e até na casinha do
cachorro. Check in no Ráscal é bacana. Mas check-in no Habib’s, não é.
Check in no novo Shopping JK Iguatemi, show de bola. No Shopping Metrô Itaquera, nem pensar! A
sensação é que as pessoas gostam de demarcar território apenas em lugares
chiques. No aeroporto é cool, o cara é viajado. Na rodoviária, não! Ele é
classe C. Será que é assim que funciona?
Os
celulares nasceram, comercialmente falando aqui no Brasil, há cerca de 15 anos
e eram gigantes, pesados e feios. Com o tempo, foram reduzindo de tamanho e
ficando mais finos. Curiosamente, hoje em dia, estão voltando a crescer de novo,
com telas cada vez maiores e mais nítidas. Senhores engenheiros e designer, o
limite é o tamanho do bolso da minha calça jeans ok? Os celulares colam ao nosso
corpo como um elemento a mais de nossa indumentária. A corporabilidade abriga
as novas tecnologias. O fato de eu estar conectado o tempo todo não significa
que estou interagindo o tempo todo. Conectividade não é sinônimo de
interatividade. E nesse universo, muito mais importante do que estarmos simplesmente
presentes nas atraentes e viciantes redes sociais, é preciso saber o que fazer
lá, saber estar presente de forma relevante e coerente. Autores
importante hoje em dia se debruçam em todas essas questões. O fato é que temos que
criar uma estratégia de como se comportar nessa nova arena online, nesse novo
ecossistema digital. Por mais que sejamos atores-sociais na nossa vida, não dá
para separar mundo online do mundo offline. Somos um só.
Redes
Sociais é um assunto novo, magnético e muito fértil. Atrai gente de tudo que é
tipo. No meu email por dia chegam dezenas de mensagens me convidando para
eventos, cursos, palestras, simpósios, oficinas e lançamentos de livros sobre
mundo digital, redes sociais e afins. Confesso que deleto a maioria sem abrir,
pelo simples motivo de não conseguir decodificar todo esse excesso de conteúdos. Tem
muita gente surfando nessa onda. Gente boa e gente fraca. Cabe a nós sermos
criteriosos ao extremo e olharmos a fundo quem está dando o curso, quem é o blogueiro,
quem assina o videocast. A internet permite que as pessoas escrevam o que
quiser a bel-prazer. Take care! Analise minimamente a bagagem acadêmica de quem você tá lendo, de quem você assiste, de quem você ouve. Leia bons livros, procure autores com “pedigree”,
e não simples aventureiros do Facebook. Quer dicar de bons autores? Então vamos
lá! Afinal tem muito gente fera no mundo hoje debruçada em entender a fundo
todas essas questões:
- Sherry Turkle, pesquisadora do MIT, escreveu “Alone Together” e “Life on the Screen” (assista ela no TED Talks e veja com que lucidez que ela analisa o impacto dessas novas tecnologias na vida das pessoas: https://www.youtube.com/watch?v=t7Xr3AsBEK4).
- Erick Felinto, super pesquisador da UERJ que estuda a cibercultura (aqui o blog do Erick: http://poshumano.wordpress.com/).
- Dê uma olhada no grupo Socio Tramas, formado por pesquisadores do Mestrado da PUC e liderado pela diva da semiótica Lucia Santaella (aqui o link: http://sociotramas.wordpress.com/).
- Conhece o blog de Seth Godin, um dos maiores pensadores de marketing da contemporaneidade (acesse aqui e assine para receber a inspiradora newsletter que ele manda todo dia no nosso email: http://www.sethgodin.com/sg/.)
- Sherry Turkle, pesquisadora do MIT, escreveu “Alone Together” e “Life on the Screen” (assista ela no TED Talks e veja com que lucidez que ela analisa o impacto dessas novas tecnologias na vida das pessoas: https://www.youtube.com/watch?v=t7Xr3AsBEK4).
- Erick Felinto, super pesquisador da UERJ que estuda a cibercultura (aqui o blog do Erick: http://poshumano.wordpress.com/).
- Dê uma olhada no grupo Socio Tramas, formado por pesquisadores do Mestrado da PUC e liderado pela diva da semiótica Lucia Santaella (aqui o link: http://sociotramas.wordpress.com/).
- Conhece o blog de Seth Godin, um dos maiores pensadores de marketing da contemporaneidade (acesse aqui e assine para receber a inspiradora newsletter que ele manda todo dia no nosso email: http://www.sethgodin.com/sg/.)
Quer se
capacitar? Então procure bom cursos, como por exemplo o inédito MBA em
Marketing, Consumo e Mídia Online que esse que vos escreve está coordenando na
Trevisan Escola de Negócios aqui em São Paulo. O curso conta com um corpo
docente de elite, com excelente bagagem acadêmica e com o pé no mercado digital.
Montei uma proposta metodológica exclusiva, com um repertório teórico
contundente, cases de mercado e com visita técnicas programadas em agências
digitais e grandes agências de publicidade. No cardápio de disciplinas, alguns
temas mais ligados a ciências sociais como Sociologia e Antropologia do
Consumo, Semiótica e Pós-Modernidade; outros mais técnicos do mundo web:
Redação Web, Google Analytics, SEO/SEM; e outros assuntos mais avançados como: Gestão
de Reputação de Marca, Guerrilha Digital, Ativação de Eventos com foco em
digital. Aqui está o link onde você poderá ter acesso a todas as informações do
curso: http://trevisan.edu.br/posgraduacao/1783/mba-em-marketing-midia-e-consumo-on-line
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