por @MarcosHiller
Assistir a Lucia Santaella falando é um grande prazer. E pra mim foi um enorme prazer ouvi-la falar aqui na noite de abertura do SIMC 2013 (Seminário de Interação Mediado por Computador) realizado na Fabico/UFRGS (abril 2013) organizado pelo @AlexPrimo.
Assistir a Lucia Santaella falando é um grande prazer. E pra mim foi um enorme prazer ouvi-la falar aqui na noite de abertura do SIMC 2013 (Seminário de Interação Mediado por Computador) realizado na Fabico/UFRGS (abril 2013) organizado pelo @AlexPrimo.
Santaella
ancorou sua fala sobre as construções intersubjetivas nas redes sociais
digitais e, para ela, rede sociais são o mais recente estouro do universo
digital. Só tem besteira no facebook? Segundo ela, não! O Facebook é um
ambiente afetivo. A pessoa põe lá fotos do filhinho que acabou de nascer. O
Facebook é um oceano de afetos. O que as redes estão fazendo conosco? Segundo a
autora, as redes sociais provocam um abalo sísmico, sobretudo as transformações
que estão sendo provocadas na educação. O que esta acontecendo com o humano? Como
se caracterizam essas formas de subjetivação na rede? Percebe-se uma multiplicação
de “eus”nas redes sociais. Cada usuário
desenvolve uma maneira de uso e de apropriação das redes que lhe é próprio.
Cada um decide o que ver, consumir ou com quem quer conviver. Hábitos e usos
funcionam como pistas das silhuetas subjetivas de cada usuário.
As redes
sociais encorajaram os jovens a mostrarem identidades discursivas. Desenvolvem
uma compreensão mais rica de seus papeis e os intercâmbios são mais ricos. A
auto-representação fica evidentes das redes sociais, permitem e encorajam o
modo de como se dá a ver. Por exemplo, uma frequência cada vez maior de como as
pessoas mudam sua foto no perfil do Facebook. As relações nas redes sociais são
efêmeras, evanescentes... É uma maravilha saber o que o outro estar pensando, o
que está fazendo... O eu é fruto de uma construção tão imaginária, é tão
social. No Facebook a gente tem ilusão que temos alguma autonomia. O narcisismo
que vemos no Facebook é absolutamente compreensível. As redes estão no
ensinando uma realidade que ficava meio opaca pra nós. O narcisismo nas redes é
um fato relevante. As pessoas sempre foram narcísicas e encontram a
possibilidade expor esse narcisismo nas redes. Ele é colocado pra fora agora! Algo
muito novo esta surgindo na redes digitais. Somos todos agora performáticos! A identidade
humana é múltipla por naturaza. Ficou mais difícil lidar com a subjetividade
agora do que antes . . . ela ficava enclausurada. Agora não! A gente posta e o
outro comenta, critica, elogia, refuta: temos que aprender a lidar com isso. Vivemos
em um mundo em que não mais tempo nem lugar para a nostalgia.
A
proliferação das identidades múltiplas inauguram uma nova metodologia de
pesquisa: não tem como pesquisar as redes sem estar nelas. Não tem como
observar de fora. Expulsa os falsos pesquisadores!
Viva, Lucia
Santaella!
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