por @MarcosHiller
O
ecossistema comunicacional que habitamos é um solo fértil onde a cada dia surge
uma miríade de produtos tecnológicos desenvolvidos para atrair e magnetizar
ávidos consumidores. A SAMSUNG que, há poucos anos, era simplesmente mais uma
marca de artigos eletroeletrônicos, fez um super evento para mostrar ao mercado
o sensacional Galaxy S IV. A Samsung agora é uma marca bem construída, bem
posicionada e incomoda a gigante Apple. Quem diria que isso poderia acontecer?
Pois é, aconteceu. Assim como a outra coreana Hyundai, que até outro dia era
uma mera montadora condjuvante, hoje protagoniza a vanguarda de design e
tecnologia automotiva no Brasil, e incomoda o sono de executivos da Fiat, Ford
e Volkswagem. Sinal dos tempos.
Consumir
hoje em dia vai muito além de um mero processo de troca. Consumimos o tempo
todo, desde uma latinha de coca-cola, ou um plano de saúde, uma telenovela ou
um smartphone. E quando consumimos, por exemplo, o Galaxy S IV, estamos não
apenas adquirindo um aparato tecnológico para se comunicar com amigos. Quando
compramos o novo celular da Samsung, estamos nos inscrevendo num imaginário de
consumo que denota elementos de elegância, inovação e distinção econômica.
Dentre as inúmeras novas características do produto, o recém-lançado modelo de smartphone
de marca coreana irá rastrear os olhos do usuário para determinar para onde se
deslocar. Por exemplo, quando o usuário começa a ler um texto na tela e seus
olhos chegam ao fundo da página, o software vai automaticamente rolar para
baixo para revelar os próximos parágrafos do texto.
Além do
novo brinquedo da Samsung que recém chegou no Brasil, na arena online que
transitamos, outro dispositivo que têm gerado uma enorme expectativa é o Google
Glass. Não se trata apenas de um mero novo gadget, pois assim como o iPhone e
iPad que revolucionaram as suas respectivas categorias, o Google Glass é realmente
algo rompedor e diferente. Primeiro que o novo produto da Google será usado no
nosso rosto. Ele é composto de uma parte que se conecta aos ouvidos e outra ao
longo da linha da sobrancelha. Nada mais é que um computador razoavelmente
completo, ou talvez um smartphone que você nunca tenha que tirar do seu bolso.
Uma série
de pessoas ao redor do mundo estão eufóricas com o seu lançamento, desde quando o colunista Nick Bilton escreveu um texto sobre os óculos em fevereiro no The New York
Times. Algumas pessoas, selecionadas a dedo, estão tendo a chance de
experimentar um par. O Google Glass é um projeto absolutamente impressionante
de miniaturização e integração. Dentro do fone de ouvido direito, isto é, o
suporte horizontal que passa sobre a orelha, tem embalado uma memória, um
processador ultra veloz, uma câmera, alto-falante e microfone, Bluetooth e
antenas Wi-Fi, acelerômetro, giroscópio, bússola e uma bateria. Tudo dentro do
fone de ouvido. O maior triunfo é que a tela pequena é completamente invisível
quando você está falando ou dirigindo ou lendo. O usuário simplesmente esquece
da tela. Pode-se controlar o software passando um dedo em diferentes direções,
é um touchpad. Seus toques podem guiá-lo por meio de um menu simples e
intuitivo. Em diversas apresentações, o Google propôs ícones para
funcionalidades como tirar uma foto, gravar um vídeo, fazendo uma chamada de
telefone, navegar no Google Maps, verificar o calendário e assim por diante.
O advento
do Google Glass já insinua até mesmo algumas discussões da ordem ética. Dizem
que já estão desenvolvendo aplicativos para Google Glass que simplesmente
eliminam de nossa visão os mendigos da rua. Além de outras questões de
privacidade, ou seja, você pode estar conversando com uma pessoa que está
usando os óculos e ela estar lhe fotografando sem que você perceba, e
compartilhando sua imagem no Google Plus. O fato é que ainda é muito precoce
tentar prever como as pessoas irão se apropriar dessa novidade e seria uma
leviana tentativa minha de futurologia prever o sucesso ou o fracasso do Google
Glass. Mas é absolutamente possível que ele carregue um potencial que nenhuma
outra máquina já teve antes. E viva o consumo simbólico!
Nenhum comentário:
Postar um comentário