quinta-feira, 29 de setembro de 2011

I want to be a part of it, New York, New York!


por @marcoshiller

No mês de setembro de 2011 fui passar uma semana de férias na cidade de New York. Era a quinta vez que eu visitava a ‘Grande Maçã’. Eu tenho uma certa miopia turística: nunca fui para a Europa e já fui cinco vezes para Nova Iorque. Tem algo magnético naquela cidade que me atrai, eu sempre quero ir pra lá. Nova York é a capital do mundo, da gastronomia, da cultura, do entretenimento, da moda, da tecnologia, das artes, da música, é onde tudo acontece. No ano de 2005 fui lá até lá para assistir um show do U2, e naquele ano a banda irlandesa do Bono fez DEZ shows na cidade, incluindo um show no meio da rua, e aqui no Brasil eles pisam UMA vez a cada 5 anos mais ou menos. Acho que isso é um termômetro de como aquela cidade é realmente onde tudo acontece.

E nessa minha última viagem resolvi analisar a cidade com um olhar de pesquisador, quis observar a cidade, as pessoas e o cotidiano com um viés de quem estuda marcas, branding e tendências como eu. E foi uma experiência muito interessante. E se eu pudesse resumir o que vi em termos de consumo naquela cidade em um só palavra seria: um BOMBARDEIO. O tempo todo eu era bombardeado por inúmeros estímulos. Fui diante de uma gôndola de Shampoos na DUANE AND READE (a maior rede de farmácias da cidade), juro que contei mais de 120 opções de marcas. Vale destacar aqui que se vende cigarros em farmácias, Marlboros com milhões de aromas e sabores e com um preço médio de 13 dólares (é caro assim para das indústrias tabagistas pagaram as indenizações milionárias dos processos que recebem de famílias de fumantes). Fui num freezer de águas (acho que é a categoria de produto mais commodity do mundo) e vi mais de 40 rótulos. Isso é um bombardeio. Na TIMES SQUARE, que pra mim ainda é o epicentro do capitalismo mundial, os belíssimos painéis e telões disputam os ávidos olhares e os 20 mega pixels das lentes dos turistas indianos, chineses, latinos e brasileiros.

Observa-se um número muito grande de pessoas solitárias andando nas ruas. Todas com seu iPod no ouvido, seus inseparáveis smart-phones e o copo do Starbucks na mão. Todos andando sempre de forma frenética, com pressa, falando ao celular e, com isso, formando uma típica identidade social do “new yorker”. Os onipresentes Starbucks são paradas obrigatórias durante todo o dia, seja para usar a internet wi-fi (que agora é grátis e aberta), seja para saborear um delicioso Spice Pumpkin Latte. De forma muito planejada, eles abrem lojas em esquinas estratégicas da cidade e que nos passam a sensação que realmente há lojas Starbucks em TODA esquina.

A emblemática faixada da Apple Store da quinta avenida está passando por reformas. Está completamente coberta por tapumes com os seguintes dizeres: “We’re simplifying the Fifth Avenu cube. By using larger, seamless pieces os glass, we’re using Just 15 panes instead of 90.” (traduzindo: “Estamos simplificando o cubo da Quinta Avenida. Por meio de pedaços de vidros transparentes e maiores, vamos usar apenas 15 painéis em vez de 90”). Dentro da loja, lotação total. Nunca vi uma loja tão lotada em toda minha vida. Muita, muita gente mesmo. As bancadas cheias de consumidores, workshops de produtos sendo feitos pelos funcionários. Pouco antes eu tinha ido na loja da Sony na Madison Avenue, tinha 7 consumidores. Ave, Jobs!

As redes sociais e ações de geolocalização estão em ebulição na cidade. Vários estabelecimentos adesivam suas portas convidando seus clientes a “JOIN US ON FACEBOOK” ou “FOURSQUARE: CHECK IN HERE!”. Achei apenas que as promoções do Foursquare, os chamados SPECIALS, estariam mais aquecidos, e o que vi foi pouco coisa e nada muito criativo. Fiz uma seleção de 150 fotos e hospedei no meu SlideShare. Baixe aqui nesse link e utilize essas imagens em aulas, palestras, discussões, cursos, etc, etc, etc (http://slidesha.re/o0rIpv).

Nenhum comentário:

Postar um comentário