por @marcoshiller
Eu não sou nerd, não sou geek,
muito menos campuseiro. Mas hoje estive pela primeira vez na midiática Campus
Party Brasil 5, um habitat infestado por esses atores-sociais. Foi uma
experiência, no mínimo, interessante. A convite dos curadores do palco de
mídias sociais, fui conversar sobre marcas & pessoas com o Nizan Guanaes,
Jaime Troiano e Keid Sammour. Fiquei muito feliz por estar ali naquele palco sentado
ao lado de pessoas tão edulcoradas como aquelas. E o papo foi bom, fluiu bem e
todos puderam expor claramente sua opinião sobre o mote do painel.
Nizan chegou em cima da hora,
sentou na poltrona e estava visivelmente tranqüilo. De cara, já percebi que não
seria o folclórico Nizan do Maxi Mídia. Eu estava curioso para ver a opinião
dele sobre esse fenômeno das mídias sociais. Ele fazia comentários no painel, e
depois voltava rapidamente para seu BlackBerry, comentava mais um pouco, e
voltava para seu aparelho que certamente deve receber toneladas de emails. Ao
final, nos cumprimentamos com um efusivo aperto de mão. E ele se mandou para
Africa.
Após o nosso debate, não
fiquei para assistir o próximo painel que seria com o fake da Nair Bello. Eu
particularmente não concordo com pessoas que precisam se passar por outras para
ter 1 minuto de fama, e se eu ficasse ali assistindo acho que seria conivente
com esse tipo de prática que, na minha visão, é condenável. Eu saí pra andar
pela feira. Fiquei circulando pela feira com olhos de um pesquisador. Fui e
voltei o pavilhão do Anhembi todo por dezenas de vezes. Acima de tudo, Campus
Party é um ambiente eclético, tribos de todos os tipos, pessoas muito concentradas
e de cada 10 campuseiros, 8 usam fone de ouvido grandão, ou camiseta descolada,
ou óculos com armação diferente. Os cabelos tingidos com cores primárias e
penteados ultra-modernos também são onipresentes no evento. Todos seduzidos e
unidos pela banda larga super veloz.
O que tanto atraem os olhares
dos campuseiros para suas respectivas telas? Eles simplemente não piscam, tem gente
jogando games, pessoas fuçando no Facebook, alguns baixando música, outros
jogando World of Warcraft. Coisas que normalmente eles fazem em casa ou
trabalho, mas fazer essas atividades cotidianas do mundo digital ali, naquele
ambiente, na Campus Party, é diferente, é cool, é hype. Parece que ali todos estão
unidos por uma energia única, uma cultura nerd, uma vibração invisível que
catalisa a velocidade dos downloads, e que inspira os processos criativos dos
campuseiros.
Campus Party é cada um no seu
quadrado, cada um no seu casulo, no seu bunker, todo muito meio quieto,
introspectivo. As pessoas não circulam tanto assim, achei que iria ver jovens
mais fuçados, mais curiosos, andando pelos corredores, mais humanos, mais
offline e menos online. Campus Party é cada um no seu mundinho. E cada mundinho
é um mundão, é a world “very” wide web. Gostei muito de ter ido à Campus Party Brasil
5. Espero poder estar nas próximas, e espero que os campuseiros extraiam o
máximo desse encontro de pessoas.
Também não gosto de perfis fakes, por esta razão tb não assisti a próxima palestra. Mas fui ver uma de empreendedorismo social, no painel do Sebrae, muito boa. Parabéns pela participação na mesa, foi excelente, acrescentou bastante!
ResponderExcluirPárabens cara. Fico realmente feliz por você e essa experiência.
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